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O sistema de transplantes renais no Distrito Federal, a despeito de toda dificuldade pela qual o serviço público de saúde tem passado, vem se mantendo com números adequados de procedimentos nos últimos anos. Credito tal fato ao empenho de um grupo de médicos, Urologistas e Nefrologistas que ainda acreditam que o SUS pode ser muito útil ao nosso povo e que acreditam que eles próprios podem desempenhar um trabalho importante, relevante e com grande benefício à nossa sociedade, mesmo com a gestão ineficiente e o descaso que vemos todos os dias em relação à saúde dos cidadãos. Até então, mesmo com todas dificuldades, o Hospital de Base de Brasília (agora instituto), o Hospital Universitário de Brasília e o Instituto de Cardiologia do Distrito Federal (administrado por uma fundação e realizando transplantes pelo SUS) vinham desempenhando esse papel de centros transplantadores para todos os pacientes, mesmo aqueles que pagavam por planos privados de saúde. A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que regula a assistência privada à saúde no Brasil, já determina há vários anos que o transplante de rim deve ser ofertado aos pacientes da rede privada pelas operadoras. Contudo, não havia estabelecimentos privados e equipes dispostos ou capazes de oferecer o serviço aos pacientes segurados.

Nos últimos meses, o Hospital Brasília, um importante hospital privado do Distrito Federal, vem mudando esse paradigma dos transplantes. Graças ao empenho dos diretores e do corpo clínico do hospital, vem realizando transplantes renais nos pacientes que decidiram pagar pela sua própria assistência, ou seja, aqueles que têm “planos de saúde”. Dessa forma, essas pessoas agora têm a opção de serem submetidos a esses procedimentos em um hospital da rede privada, conforme determinação da ANS. Foi o primeiro hospital do centro-oeste a realizar transplante renal com doador falecido, em pacientes que fazem parte da fila de transplantes do Ministério da Saúde. Além de assegurar um direito aos pacientes que pagam pelos serviços médico-hospitalares, alivia o pesado trabalho do nosso Sistema Único de Saúde, já tão assoberbado com sua tarefa constitucional de levar assistência a todos brasileiros.

É um grande orgulho para mim e para os Urologistas da CLIU e Nefrologistas da clínica Nephron,  participarem desse importante processo, dessa evolução do sistema de saúde suplementar no Distrito Federal, com uma atividade tão importante para toda a sociedade. Nesse momento, acreditamos que ainda há pessoas dispostas a doarem seu tempo a serviço de uma Medicina digna, de alto nível, pensando na saúde daqueles que precisam, enquanto outros se envolvem em CPI’s de órteses e próteses e superindicação de procedimentos médicos.  Parabéns ao Hospital Brasília pela grandiosidade da iniciativa. Nosso SUS agradece pela ajuda … os pacientes agradecem pela assistência!!